Banalizar

Ontem eu fui com Lu a exposição de Rodin, que fica aqui até 2012. Não fui com muitas expectativas não, fui porque "ah é Rodin e tals, tenho que ir, vai ser legal", mas era só pretexto pra sair com Lu como a tempos não fazia. Me surpreendi, valeu muito a pena e Rodin é foda, mestre, gênio e aquilo tudo que falam dele lá, talvez com a Camille Claudel por trás, hehe, who knows?
Lá, com Lu vendo uma das obras, me chama um velhinho no canto, eu vou e ele fala
"você é mais bonita que todas as obras dele juntas".
Fiquei toda sem graça, óbvio. Achei aquilo ali a coisa mais fofa ever e ganhei o dia com aquilo ali.
Ao contar pra alguns próximos, lá vem o 'banalizar' "ah, mas é taradice do velho" "ele 'tava era afim de te comer" ¬¬.
Eu detesto isso, o banalizar, o resumir, o sintetizar, como se todos fossemos artigos acadêmicos.
Sem as leveidades da vida. "Leveidade" eu não sei se existe, mas eu curti a palavra.
E fazem isso aos montes, o chamado "brochar" , por vezes boas pessoas até fazem isso, a questão de brochar, tirar a poética da coisa, objetivando isso aqui que a gente vive. A gente já tem Google Reader gente, tem coisa mais objetiva que isso?
De toda sorte, não estou aqui pedindo para todo mundo virar Hippie, se tem coisa que eu tenho nojinho é de Hippie, malz ae, nada contra, cada um, cada um, mas NÃO GENTE.

Mas é ser, sem tentar resumir, e principalmente sem castrar.

Enfim, stay beautiful, =*.

Foto: Le Minotaure, a obra que eu mais curti lá, junto com a Porta do Inferno, que eu n sei em francês mas deve ser algo como Le Porte de L'enfer, sei lá.