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13 de setembro de 2015

Os clichês dessa minha vibe Gótica Suave

Tava vendo o filme A incrível história de Adaline, uma mulher de trocentos anos, mas que por conta de um raio, conseguiu se manter  com carinha de 29 pelo resto da vida. O filme é romantiquinho, fofinho, tristinho e não pode se falar muito dele, nem de longe é um Benjamin Button. Mas ao ver a história de Adaline, lembrei de um dos acontecimentos desse ano, desse meu ano místico, hehe*.


Esse ano aconteceu uma pá de coisa estranha comigo, uma delas foi uma criatura que conheci que me deixou bem cabreira com meu ceticismo, embora a figura dela não meta nenhum medo e seja uma pessoa bem fofa, ela dá medo. Uma coisa que essa pessoa me disse que minha alma era bem velha, mas bem velhinha mesmo, que eu já passei por muita coisa, o que super bateu com tudo que ela falou em seguida sem eu ter dado nenhuma pista. O que não foi nenhum alento ao sentimento de cansaço que tinha no alto dos meus então 27 anos. 

Não querendo mesmo me comparar a Adaline, pois não sou nem culta ou sofisticada como ela é, muito menos gata do jeito que a Blake Lively é. Até porque eu tenho minhas dúvidas sobre isso de ser velho e ser experiente. Conheço pessoas que tenho certeza que tem almas novinhas, pela simplicidade como vêem as coisas, pela forma como enxergam as situações sem padrões arraigados de conceitos pré-estabelecidos sabe se lá de onde, elas têm essa frescura** de viver. Lu, uma amiga minha, ela lá tem suas questões, claro, todo mundo tem, mas sempre que vejo ela, vejo uma criança, não pela inocência ou inexperiência, mas justamente  por essa capacidade de ser leve, de ver as coisas de um modo mais suave e simples. Lu, sempre me acalma, ela tem esse poder.

 Daí quando essa pessoa falou que minha alma era velha, eu meio que já esperava, vi como eu tinha (tinha, pois eu sou velha, mas não sou burra, a gente aprende uma hora) uma mania de catalogar e estabelecer padrões para situações e coisas, que nem gente velha, que pega algo novo e tenta trazer para alguma situação já vivida, a fim de colocar na sua zona de conforto e tentar resolver.  Vi também que estava cansada disso. E como estou cansada de viver situações que eu hoje sei que não consigo tolerar ou que me fazem mal. Como estou cansada de gente que não sabe o que quer, como estou cansada de gastar minha energia com bobagens. Como estou cansada de fingir que não gosto e que não ligo. Cansada de jogos. Cansada de ter que fingir o que não se é. Cansada de pensar mais no que os outros pensam do que no que penso, cansada de achar que posso controlar os desejos e sonhos das pessoas. Você chega a uma certa idade, hehe, onde você consegue ver que você não manda em porra nenhuma, só em você mesmo e que não vale a pena persuadir, criar estratagemas, fazer cena para se conseguir nada nessa vida. Nada que consegui dessa forma deu certo, porque você começa a notar que a vida é como um rio mesmo, o que ele precisar fazer para chegar no mar, ele vai fazer. Tudo que ocorre é porque tinha que acontecer mesmo e que não adianta muito você tentar driblar, é dispêndio de energia.

 Você começa a perceber que por mais que existam mesmo outras vidas, você não pode esperar chegar à próxima para viver o que de fato você quer viver, dizer o que realmente você sente, ser realmente o que se é, aproveitar o que de fato importa. Se eu gastasse 1/434545 avos da minha vida fazendo o que realmente queria ao invés de ficar elucubrando sobre coisas e alimentando minhas inseguranças, acho que seria o novo Abilio Diniz e já teria comprado meu iate Gostosa II***




Engraçado que todo mundo já ouviu isso, a vida é curta, não se gaste com bobagem, seja você mesmo, seja sincero. Mas vocês já se deram conta como é difícil viver os clichês? E quanto Augusto Cury e Paulo Coelho tão ricos pra caralho falando o óbvio? Já que é óbvio, porque é tão difícil? E porque nós complicamos? Cadê o Globo Repórter?

E para finalizar esse texto MEGA POWER CLICHERENTO, vou colocar a frase mais legal do filme mais clichê EVER, Amelie Poulain:




 A vida é o interminável ensaio duma peça que nunca se realizará - Hipólito
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*Acho lindo meu ano místico ter se juntado a essa moda atual de Gótica Suave, estou muito Gótica Suave, o universo me ajudando a ser trend, hehe. Meu muito obrigada as meninas que me deram um Heroine da MAC de aniversário <3 comment-3--="" nbsp="">

**Frescura no sentido de fresco, refrescante, não de metido.


*** Para quando as pessoas perguntarem, “cadê o Gostosa I?” E eu dizer, “oi, prazer”, pra você ver que já pensei em tudo.  

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