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21 de março de 2009

Zuuuuuuuummmmmm

Dai que ela estava correndo em uma rua, deserta, de pista molhada, dois carros abandonados. Ela estava nua e corria, corria, corria e dae que ela parou. O fôlego já faltando, sentiu que ia desmaiar. Encontraram ela desmaiada, nua, descabelada no meio da rua. Usaram-na. Possuiram-na. Ejacularam-na. Bateram, xingaram, escurrassaram. Porque ser humano é isso mesmo não é? Todo mundo é meio Alex do Kubric, só que se esconde, gosta de se vingar em alguém por ter nascido, não é? Porque o mundo é sórdido, feio, desconfortável, sempre.


E do nada 4 horas da manhã de uma segunda feira. Mas o frio não passava, levantou os olhos e viu seu corpo, que nem parecia ser mais seu e de fato não mais era. Agora fora dos outros, dela mais não. Não sentiu, mas o tempo passou. De noite de novo, ela conseguiu levantar e foi andando, dividiu um pedaço de alguma coisa doce com um ser que ela não conseguiu saber o que era, parecia humano. O incrível é que ela via tudo isso com racionalidade, sem medo mas não sabia se ia passar.

Zuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuum


...


Mãe entra no quarto, desliga ventilador.


"Vamo minha linda, tá na hora de acordar".


Quero ventilador novo de presente de natal.

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Foto: Desse tumblr lindo aqui ó: Audrey Hepburn Complex




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