Páginas

4 de novembro de 2008

A SOLIDÃO E SUA PORTA

Quando mais nada resistir que valha

a pena de viver e a dor de amar

e quando nada mais interessar
(nem o torpor di sono que se espalha),
quando, pelo desuso da navalha
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha
a arquitetar na sobra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida
com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.
carlos pena filho
______________________________________________
* o problema é conseguir amar o transitório.


Um comentário:

e o que você tem a dizer????