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29 de novembro de 2007

Luís XVI ou XIV?


Vivemos num baile de máscaras. Digamos que um baile de máscaras à la Luís XVI ( ou seria XIV?).
Enfim.
Ok. Todo mundo já sabe disso, do grande baile de máscaras, mas porque o medo de mostrar a face? Por quê? É tão hedionda a verdade? Eu sempre quando quero escrever isso me vem a cabeça Rousseau, mas nem li e só vou ler nas férias, eu acho.
Eu já falei da comparação outras vezes, seria ela a ama má da verdade? A que trás a bandeja do medo pra todos se servirem? Aí então, todos embriagados pelo temor de serem comparados colocam as máscaras e sai dançando.
Por muito tempo usei máscaras, justamente pela comparação - a verdade seria tão apática que uma máscara com cristais swarovski seria mais interessante. Mas aí, tomei uma bela de uma topada em uma dessas danças e resolvi viver de cara limpa.
Tem sido um fardo, mas tenho me sentido mais plena. Porém ainda não consigo ser por completo, ainda.
Seria ótimo se todos se vestissem de Verdade. Ou, melhor, que no mínimo, como oposição ao 1º de abril tivesse um dia instituído como dia da verdade. Onde teria que ter um policiamento reforçado - mas que seria um dia de quebras de tabus, declarações de amor e tudo mais que só a verdade pode oferecer.
Hipocrisia, joguetes de "sedução" - que só servem para postergar ou iludir - sorrisos amarelos e tudo mais irá a baixo.
No dia em que estivermos prontos para 24 horas de pura verdade ou se acaba o mundo ou teremos a construção d'outro.
Porém é muito bonito eu vir com todo esse discurso de miss; e como todo discurso de miss é bastante quimérico com a verdade não é diferente. É como diz meu amigo anti-social Schops¹ “a verdade não é uma huri ², que se joga ao pescoço de quem não a deseja; antes, é uma donzela tão difícil que mesmo quem tudo lhe sacrifica ainda não pode estar certo do seu favor".


Beigoseboasorte!
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1.Hehe Schopenhauer no prefácio da segunda edição de o Mundo como Vontade e como Representação.
2. "Huris" são belas virgens que segundo o Alcorão desposarão no paraíso dos fiéis muçulmanos.
E “Huri” lembra “Hure” que em alemão quer dizer p.u.t.a.

*Escrevi isso tarde da noite ouvindo repetidas mil vezes “The widow” – The Mars Volta. Ouçam muito bom, mas não tem nada a ver com o que eu escrevi.
* Foto do filme Maria Antonieta que, por sinal, só serve a trilha sonora e o figurino.

4 comentários:

  1. vamos instituir o dia da verdade! Sou a favor! vamo fazer um abaixo-assassinado. e sai de baixo..




    *gostei muito do texto

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  2. YEAH!!!
    (hehehehe)
    Laiza, vc já sabe td que eu penso sobre isso ;D
    Eu também gostei muito, e gosto de saber que é de verdade...

    bjãaaaaaao!

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  3. só se fala em verdade, porque não é mais um perigo.
    atualmente, instituir o dia da verdade é muito demodê. 'mentir' não tem mais fundo de sobrevivência: tornou-se só vaidade mesmo.
    assumir-se é lugar comum num mundo 'homo-gênio'(sic).
    não há mais contestação:
    a esquerda morreu. os panque morreram. as gay morreu. o ateu se fodeu. e o underground caiu na net.

    não há mais uma verdade a dizer.
    "não há mais" - (uma) verdade a dizer.

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  4. Só passei aqui pra mostrar que eu tô estudando:

    Luís XIV

    ;DDDD

    bj

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e o que você tem a dizer????