E lá vem as semgracisses da vida...
Está tudo bem, mas naquele lugar que chamam de mediastino "alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial". E engraçado, quando as coisas que em um segundo estão corretamente em seus lugares, num segundo, desordena-se.
Uma vez conversando com umas amigas, uma delas me perguntou: - Você gosta de brincar de sentir?
Isso ficou na minha cabeça por um tempo. Brincar de sentir. Acho que nessa brincadeira de negar para ser, não vim brincando de sentir. E hoje, depois de tantas indas e vindas, altos e baixos, eu não sei mais se vou ou se fico.
Sentir é um máximo, o problema é você a cada coisa que sente procurar a essência, a causa do sentimento. E ai deixa de brincar. E ai com o tempo perde a graça. E você procura outra coisa pra sentir, outra forma de sentir e quando as coisas acabam, acabam.
E já fui oca, já fui recheada, já fui embaixo, já fiquei em cima, já fui em frente, mas não parei. Talvez porque o parar eu não possa ou não consiga. Sabe indigestão? Pois então, engoli muita coisa e como não sou vaca, não pude analisar tudo com calma. E agora não tem dramin que dê jeito. Vivo.
Vivo. As vezes velha, as vezes criança, mas sempre, sempre antípoda, sem esquizofrenia, pois essa acho que já se foi.
" Seu maior medo era o destemor que sentia. Íntegro, sem mágoas nem carências ou expectativas. Inteiro, sem memórias nem fantasias. Mesmo o não-medo sequer sentia..."*
______
Transformações, Morangos Mofados. Caio Fernando Abreu.
Está tudo bem, mas naquele lugar que chamam de mediastino "alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem mundial". E engraçado, quando as coisas que em um segundo estão corretamente em seus lugares, num segundo, desordena-se.
Uma vez conversando com umas amigas, uma delas me perguntou: - Você gosta de brincar de sentir?
Isso ficou na minha cabeça por um tempo. Brincar de sentir. Acho que nessa brincadeira de negar para ser, não vim brincando de sentir. E hoje, depois de tantas indas e vindas, altos e baixos, eu não sei mais se vou ou se fico.
Sentir é um máximo, o problema é você a cada coisa que sente procurar a essência, a causa do sentimento. E ai deixa de brincar. E ai com o tempo perde a graça. E você procura outra coisa pra sentir, outra forma de sentir e quando as coisas acabam, acabam.
E já fui oca, já fui recheada, já fui embaixo, já fiquei em cima, já fui em frente, mas não parei. Talvez porque o parar eu não possa ou não consiga. Sabe indigestão? Pois então, engoli muita coisa e como não sou vaca, não pude analisar tudo com calma. E agora não tem dramin que dê jeito. Vivo.
Vivo. As vezes velha, as vezes criança, mas sempre, sempre antípoda, sem esquizofrenia, pois essa acho que já se foi.
" Seu maior medo era o destemor que sentia. Íntegro, sem mágoas nem carências ou expectativas. Inteiro, sem memórias nem fantasias. Mesmo o não-medo sequer sentia..."*
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Transformações, Morangos Mofados. Caio Fernando Abreu.
Foto: poster de A cova das serpentes. Eu gosto do filme, embora não tenha muito a ver, eu acho.
Que bonito Laizão!
ResponderExcluirEu gosto de sentir... sinto muito!
(não, nenhum resquício de pêsames na expressão, hehehehehehe)
bj
o problema é a ousia
ResponderExcluira solução é Damin
realmente, o problema é a ousia! bem q vc disse!
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